18 de janeiro de 2009

Dia 17, mais um ano de vida.
e a única coisa que consigo tirar disso é que estamos num eterno balanço que vai e volta o tempo todo o qual eu faço de tudo para ir cada vez mais alto. Percebo ser uma criança que almeja somente o céu, no seu azul mais celeste, além de todas as nuvens... e que por isso cai estatelada, de cara no chão.
Mas a verdade é que o saldo final da equação é quase que desastrosa. Percebo que continuo presa aos conceitos que deixei formularem de mim e nada fiz para quebrar isso, e que agora não há mais jeito. Epítetos que marcaram e que, de certa maneira, me colou a um estereótipo e me causou efeitos estranhos que a psicologia deve conseguir explicar perfeitamente, creio. Eu que não tenho mais capacidade de mudar isso.
O amor veio e foi embora sem me dar tempo sequer de perceber o quão maravilhoso poderia ser, e quando eu corrí para pegar uma caixinha para guardá-lo e não ter o perigo de sumir... puf! Não estava mais lá... somente seu rastro de desilusão amarga que gruda na gente como brasa num ferro quente, essa parte dele nunca se vai.
A amizade se persiste apenas nos mais antigos laços, pois bem que não tiveram escolha. Senão teria conseguido afastá-los como todo o resto, conviver comigo não é mesmo algo muito fácil. Meu consolo são meus pais e minhas irmãs, que ainda aturam todas as loucuras que eu faço. Esse ponto é crucial pois bem os amo demais a ponto de não suportar imaginar uma vida sem nenhum por perto.
Com os erros? Não aprendí quase nada. Até trouxe de volta a melancolia que tanto me fez mal, na sua bagagem a velha Ana... a 246 dias constantes e doze quilos a menos.
Os meus sonhos, perco um a cada dia e noto que não me importo mais agora... desde que o mais importante se foi. Constatar que nunca, por mais que me esforçasse ia conseguir concretizar foi um veneno para o resto. Sobrou apenas o de voar muito muito longe, onde nossos olhos humanos e pequenos nunca alcançam.
Eu só sei que no fim de tudo continuo a ser aquela criança que levantou do chão, persistente de alcançar o céu. Pois pra ferida que não estanca, não fecha, não pára de doer. O remédio é sentar de novo. Olhar pro azul acima e procurar o ponto e tentar alcançar outra vez.

E inspirar. O ar.