Quem já perdeu algo ou até mesmo alguém, conhece aquela sensação de negação, típica que nosso cérebro usa quando algo de ruim acontece. Você escuta, descobre, e, no momento que se segue a única coisa que passa na cabeça é o "Não acredito! Não acredito!", entra-se em transe, mesmo que por instantes. Depois, vêm à tona então todos os sentimentos que até então estavam dormindo tranqüilamente dentro de você. Ódio, Raiva, Rancor, Mágoa, Medo.
Tudo estava seguindo um certo rumo até que...pof. Você cai estatelada no chão. Como se levasse um tapa, daqueles com a mão bem aberta. Inesperado, mas tão inesperado que não surge qualquer reação. Você só percebe que existe então um problema, que deve ser resolvido, e pára tudo. Faculdade, amores mal resolvidos, trabalho, família...
É, foi bem assim, numa tarde de Setembro. Ela chegou do trabalho, como fazia todo dia e correu para a única companhia que tinha, ajudou então, calmamente sua mãe arrumar o quarto, até seu pai abrir a porta. Foi então que descobriu o que era o verdadeiro inferno que até então chamava de vida. Ele perguntou porquê ela tinha escondido quase um mês que tinha recomendações para ir ao psicanalista, e ela respondeu chorando. Encostou a cabeça no colo de sua mãe que carinhosamente, mesmo sem entender nada, acariciava seus ralos cabelos, chorou, chorou e chorou. Por quase meia hora. Depois, entrou no carro e tomou o seu rumo, direto ao inferno...
Assim começa sua história. História banal como toda história dos tristes.
5 de junho de 2008
2 de junho de 2008
O Motivo.
Muitos dizem que ela escreve porque não tem o que fazer,
outros porque ela só tem isso para fazer.
Alguns dizem que é porque gosta,
e raros porque sabe fazer.
Diz Fernando Pessoa que se escreve para esquecer.
Mas ela não, para escrever
ela tem que lembrar, remoer...
E todo remorso vêm à tona,
Sentimentos que corroem
Machucam, como ácido na pele
Tudo dói forte
ela sua frio,
sangue que esquenta,
coração que palpita forte
quase que explode
Então, no ápice da dor
ela põe para fora tudo que faz mal
(guardar é pior, fica tudo desorganizado)
nestas frases desalinhadas
sua loucura, sua doença, seu Amor
perguntas sem resposta.
Anorexia, Depressão.
outros porque ela só tem isso para fazer.
Alguns dizem que é porque gosta,
e raros porque sabe fazer.
Diz Fernando Pessoa que se escreve para esquecer.
Mas ela não, para escrever
ela tem que lembrar, remoer...
E todo remorso vêm à tona,
Sentimentos que corroem
Machucam, como ácido na pele
Tudo dói forte
ela sua frio,
sangue que esquenta,
coração que palpita forte
quase que explode
Então, no ápice da dor
ela põe para fora tudo que faz mal
(guardar é pior, fica tudo desorganizado)
nestas frases desalinhadas
sua loucura, sua doença, seu Amor
perguntas sem resposta.
Anorexia, Depressão.
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